Início / Sociedade Brasileira de Cardiologia muda orientações para o diagnóstico de pressão alta
De cada dez adultos, três têm pressão alta. O acompanhamento médico, remédios e uma vida regrada são algumas ações que garantem o controle da hipertensão.

As Diretrizes Brasileiras de Medidas da Pressão Arterial Dentro e Fora do Consultório foram elaboradas por 67 cardiologistas e apresentadas no 1º Encontro de Departamentos da Cardiologia, realizado dias 12 e 13 de abril em São Paulo.

A orientação foi feita para médicos e profissionais da saúde – portanto, nada muda para os pacientes, apenas para quem realiza o atendimento.

A hipertensão arterial é um dos principais fatores de risco modificáveis para morbidade e mortalidade em todo o mundo, sendo um dos maiores fatores de risco para doença arterial coronária, acidente vascular cerebral (AVC) e insuficiência renal.

Uma pessoa é considerada hipertensa quando tem pressão na frequência 140 por 90 ou mais, ou 14 por 9, como muitos costumam dizer.

De acordo com o relatório “Estatística Cardiovascular da Sociedade Brasileira de Cardiologia de 2023” da SBC, cerca de 23,93% da população brasileira tem hipertensão – ou seja, pressão alta.

De acordo com a SBC, hipertensão está mais presente entre maiores de 65 anos. Foi estimada a prevalência da pressão alta em 61% desse público.

Segundo a Sociedade Brasileira de Cardiologia, o objetivo das novas diretrizes é “orientar médicos e pacientes para aumentar a eficácia de métodos para avaliação da pressão arterial também fora dos consultórios”, que “é uma agenda fundamental para uma abordagem populacional efetiva sobre este fator importante de risco cardiovascular no Brasil e no mundo”.

A Monitorização Ambulatorial da Pressão Arterial (MAPA) e a Monitorização Residencial da Pressão Arterial (MRPA) e Automedida da Pressão Arterial (AMPA) são as principais metodologias para se monitorar a Pressão Arterial fora do consultório médico. Essas técnicas ajudam na elaboração de um diagnóstico mais preciso e assertivo para identificar os casos de hipertensão.

Por isso a automedida, aquela feita pelo paciente com aparelho próprio, foi incorporada à rotina nas diretrizes de monitorização.

O objetivo é detectar as variações comuns como a hipertensão do avental branco (HAB), hipertensão mascarada (HM), alterações da pressão arterial no sono e hipertensão arterial resistente (HAR), condições não detectadas com acompanhamento restrito aos consultórios.

As medidas de consultório estão sujeitas a inúmeros vieses (erros sistemáticos) e a utilização de outros métodos de medida para o diagnóstico são necessários

Os profissionais advertem, no entanto, que existem algumas regras que o paciente precisa seguir à risca para que o resultado no momento da medição seja o melhor possível, como:

  • Não praticar exercícios físicos nas últimas uma hora e meia.
  • Não tomar café nos últimos 30 minutos.
  • Estar com a bexiga vazia.
  • Ficar sempre com as costas apoiadas, pernas descruzadas e os pés encostados no chão.
  • É importante estar em um ambiente calmo, para não dar alteração na pressão.
  • O braço tem que ficar sempre na altura do coração e a palma da mão virada para cima.
  • A altura do manguito, que é o aparelho de medição, deve ficar mais ou menos dois a três centímetros acima da dobra do braço.
  • Não fazer movimentos bruscos na hora da medição.

Os médicos recomendam de duas a três medições seguidas, com intervalo de um minuto entre elas. O ideal também é medir pelo menos de manhã e à noite, para ter horários distintos, porque a pressão também pode mudar de acordo com o horário.

 

 

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