Para que a doação de órgãos se realize, é necessário que a família do doador saiba sobre sua vontade de ser um doador, em caso de morte encefálica confirmada, pois somente ela possui a autorização que permite que a doação de órgãos aconteça.
O que é necessário para ser um doador?
É necessário que sua família saiba sobre seu desejo solidário de se tornar um doador após a morte. Não é preciso expressar a sua vontade em documentos ou cartórios. Basta que a sua família atenda ao seu pedido e autorize a doação de órgãos e tecidos.
Como ter certeza do diagnóstico de morte encefálica?
No Brasil, há uma Resolução do Conselho Federal de Medicina responsável por regulamentar o diagnóstico de morte encefálica, onde são determinados os dois exames clínicos necessários (a serem realizados por diferentes médicos) e um exame complementar (gráfico, metabólico ou de imagem).
Órgãos e tecidos que podem ser obtidos de um doador falecido
Um único doador é capaz de salvar diversas vidas. A retirada dos órgãos é realizada em centro cirúrgico, e os órgãos aproveitados podem ser:
- Coração;
- Pulmões;
- Fígado;
- Pâncreas;
- Intestino;
- Rins;
- Córnea;
- Valvas cardíacas;
- Pele;
- Ossos;
- Tendões.
Tipos de doador
Há dois tipos de doadores: Os vivos e os falecidos.
Doador vivo
Pode ser qualquer pessoa saudável e capaz, de acordo com os termos da lei, que concorde com a doação e que esteja apta a fazê-la sem que haja danos à sua própria saúde. O doador vivo pode doar:
- Um dos rins;
- Parte do fígado ou do pulmão;
- Medula óssea.
Doador falecido
Pode ser qualquer pessoa identificada cuja morte encefálica ou parada cardíaca tenham sido comprovadas e cuja família autorize a doação. O doador falecido por morte encefálica pode doar:
-
Fígado;
- Rins;
- Pulmões;
- Pâncreas;
- Coração;
- Intestino delgado;
- Tecidos.
O doador falecido por parada cardíaca pode doar tecidos:
- Córneas;
- Pele;
- Ossos;
- Tendões;
- Vasos sanguíneos;
- Etc.
Quem recebe os órgãos?
Os órgãos doados são encaminhados para os pacientes que precisam de transplante e estão esperando em uma lista de espera unificada e informatizada, em uma mesma base de dados. É responsabilidade da Central Estadual de Transplantes, através desse sistema, gerar a lista de receptores compatíveis com o doador em questão.
Quando não existem receptores compatíveis no estado ou o mesmo não realizar a modalidade de transplante referente ao órgão doado, o órgão é cedido à Central Nacional de Transplantes CNT/MS para a distribuição nacional.
A colocação na lista de espera é definida por critérios técnicos de compatibilidade entre doador e receptor (compatibilidade sanguínea, antropométrica, gravidade do quadro e tempo de espera em lista do receptor). Em alguns tipos de transplante também é exigida a compatibilidade genética.