Início / Maio Roxo: Conscientização Sobre Doenças Inflamatórias Intestinais
Assim como os outros meses, maio também tem sua cor: ROXO. O objetivo do Maio Roxo é conscientizar a população a respeito das doenças inflamatórias intestinais, como a doença de Crohn e a retocolite ulcerativa. O ponto alto da campanha acontece no dia 19, quando é lembrado o Dia Mundial da Doença Inflamatória Intestinal.

Assim como os outros meses, maio também tem sua cor: ROXO. O objetivo do Maio Roxo é conscientizar a população a respeito das doenças inflamatórias intestinais, como a doença de Crohn e a retocolite ulcerativa. O ponto alto da campanha acontece no dia 19, quando é lembrado o Dia Mundial da Doença Inflamatória Intestinal.

Os organizadores do Maio Roxo estimam que, em todo o mundo, 5 milhões de pessoas convivam com a doença de Crohn e a retocolite ulcerativa. Países de pelo menos quatro continentes devem promover ações para marcar a data, dentre eles Argentina, Austrália, Canadá, Israel, Japão, Nova Zelândia, Estados Unidos e 28 nações europeias.

No Brasil, a Associação Brasileira de Coloproctologia (SBCP), em conjunto com a Associação Brasileira de Colite Ulcerativa e Doença de Crohn propõe ampliar a conscientização e melhoria na qualidade de vida dos pacientes através de caminhadas e da iluminação de monumentos.

As DIIs comumente são diagnosticadas a partir dos 30 anos, em ambos os sexos. Ainda sem causa comprovada, podem estar ligadas a fatores hereditários e imunológicos, podendo ser agravadas pelos hábitos de vida. As DIIs atacam principalmente jovens, em atividade integral, limitando temporária ou definitivamente sua rotina habitual, tendo influência sobre o comportamento na escola, no trabalho, no relacionamento social e familiar, na autoimagem e na atividade sexual. Não possuem cura e, estão relacionadas ao sistema imunológico e genético, porém o diagnóstico precoce e o tratamento podem possibilitar seu controle e proporcionar melhor qualidade de vida aos pacientes, que por fim podem ficar completamente assintomáticos.

As duas formas da doença podem apresentar manifestações extraintestinais, como problemas oculares, articulares, pele, vias biliares e fígado. Nestes últimos, as vezes é preciso um transplante de fígado. Dependendo das características dos sintomas, principalmente sangramentos, podem ser confundidas com hemorroidas.

Doença de Crohn

É uma doença que pode se manifestar em qualquer parte do tubo digestivo (da boca ao ânus), sendo mais comum no final do intestino delgado e grosso. Entre os principais sintomas estão:

  • Sangue nas fezes
  • Anemia
  • Dor no abdome
  • Perda de peso
  • Febre

Raramente pode haver estomatite (inflamação na boca), e também pode acometer pele, articulações, olhos, fígado e vasos. A doença mistura crises agudas recorrentes, leves a graves, e momentos de ausência de sintomas.

O diagnóstico é realizado através da colonoscopia com biópsia. Outros exames auxiliam na identificação das alterações típicas:

  • Radiografia do abdome
  • Exame contrastado do intestino delgado
  • Tomografia computadorizada
  • Ressonância magnética
  • Cápsula endoscópica
  • Exames laboratoriais

É comum a necessidade de cirurgias, como para retirar segmentos do intestino por oclusão, sangramento ou perfuração, principalmente o delgado, e tratamento de lesões anais como abscessos e fístulas, o que contribui muito para a manutenção dos sintomas e das possíveis complicações. Também é comum a confecção de estomas (aberturas do intestino na pele do abdome para permitir a saída das fezes, sem passar pela região afetada).

Retocolite Ulcerativa

É caracterizada por inflamação da mucosa do intestino grosso, apresentando diarreia crônica com sangue e anemia. O reto na maioria das vezes está afetado, podendo ser o único segmento. O fator primordial que a diferencia da doença de Crohn é que não há lesões no intestino delgado. A inflamação pode se tornar grave, com hemorragias maciças e perfuração intestinal, precisando de cirurgias de urgência.

O diagnóstico é realizado por colonoscopia com biópsias.

O tratamento inclui medicações que controlam a inflamação, mas quando a doença não pode ser controlada por tratamento clínico ou apresenta determinadas complicações agudas e crônicas, principalmente neoplasia, mesmo que precoce, a opção é a cirurgia.

É preciso remover todo o intestino grosso e reto. O restabelecimento do trânsito fecal, de forma ideal, é garantido pela confecção de um reservatório no fim do intestino delgado, através de uma plástica, que é suturado ao canal anal. Algumas pessoas podem manter o reto e o intestino delgado é suturado a ele. Quando não há segurança para se manter o canal anal, é confeccionada uma ileostomia, abre-se o intestino delgado no lado direito da barriga (próximo ao umbigo), e lá é acoplada uma bolsa plástica (fornecida pelas secretarias de saúde), descartável, normalmente trocada a cada 4 ou 5 dias. Nos casos em que o estoma não é definitivo, podem ser necessários estomas temporários para proteger a costura do intestino. Após o tempo de risco, a abertura temporária no intestino pode ser cerrada com relativa facilidade.

Pessoas que possuem DIIs correm maior risco de câncer colorretal em relação à população sem a doença. A colonoscopia é a melhor forma de diagnosticar e tratar lesões potencialmente cancerosas relacionadas às DIIs. Por essa razão, a partir de 8 a 10 anos de diagnóstico da doença no intestino grosso, seja retocolite ou doença de Crohn, é indicada a feitura periódica de colonoscopia por endoscopistas/coloproctologistas experientes, com o objetivo de evitar o câncer colorretal e suas consequências. O coloproctologista saberá orientar melhor sobre as opções terapêuticas e os intervalos de exames.

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