No mês de junho são realizadas duas importantes campanhas: a Junho Vermelho, que tem como objetivo incentivar a doação de sangue, e a Junho Laranja, dedicada à conscientização sobre a anemia e a leucemia.
Anemia e leucemia são doenças preocupantes e discutir o assunto, os cuidados e as informações as patologias incentiva um diagnóstico correto e precoce.
Leucemia: o que é?
A leucemia é uma doença maligna dos glóbulos brancos e sua origem está na medula óssea, onde as células sanguíneas são produzidas. Além de perder a função de defesa do organismo, os glóbulos brancos doentes produzidos descontroladamente reduzem a capacidade de fabricação das outras células que compõem o sangue, assim comprometendo suas funções.
Está entre os 10 tipos de câncer mais comuns no mundo e segundo o Instituto Nacional do Câncer – INCA, surgem, a cada ano, cerca de 257 mil novos casos. No Brasil, crescem os diagnósticos da doença e os números indicam que é preciso conscientizar sobre a importância da prevenção e doação de medula óssea.
Ainda segundo o INCA, existem mais de 12 tipos de leucemia, sendo que os quatro primários são leucemia mieloide aguda (LMA), leucemia mieloide crônica (LMC), leucemia linfocítica aguda (LLA) e leucemia linfocítica crônica (CLL).
Os sintomas incluem: fadiga, falta de ar, palpitação, dor de cabeça, sangramentos que geralmente ocorrem pela gengiva e pelo nariz, além de manchas e pontos roxos no corpo.
A detecção pode ser feita por meio de exames clínicos, laboratoriais ou radiológicos, de pessoas com sinais e sintomas da doença.
A confirmação diagnóstica se dá com o exame da medula óssea (mielograma). Nesse exame, retira-se uma pequena quantidade de sangue, proveniente do material esponjoso de dentro do osso, para análise citológica (avaliação da forma das células), citogenética (avaliação dos cromossomos das células), molecular (avaliação de mutações genéticas) e imunofenotípica (avaliação do fenótipo das células).
Não há como prevenir a leucemia a fim de evitá-la, pois ela ainda é de origem desconhecida, ou seja, ainda não foram identificados quais os fatores de risco para o desenvolvimento da doença.
É importante ficar atento, pois, muitas vezes, os sintomas da leucemia são confundidos com os da anemia. Aliás, a anemia pode inclusive ser um sintoma da leucemia.
Anemia: em algum momento você já ouviu falar
Considerada um problema de saúde pública global, a anemia é caracterizada pela diminuição da hemoglobina no sangue, causando a dificuldade no transporte de oxigênio pelo corpo. Essa deficiência tem como principais causadores a carência de nutrientes essenciais, como ferro, zinco, vitamina B12, ou a decorrência de doenças infecciosas, como HIV, tuberculose etc.
A anemia causada por deficiência de ferro, denominada anemia ferropriva, é muito mais comum que as demais (estima-se que 90% das anemias sejam causadas por carência de ferro). O ferro é um nutriente essencial para a vida e atua principalmente na fabricação das células vermelhas do sangue e no transporte do oxigênio para todas as células do corpo.
A anemia pode aparecer em pessoas de diferentes idades. Como crianças, gestantes, lactantes, adultos e idosos e, em geral, uma pessoa “anêmica” pode apresentar um conjunto de sintomas que refletem a baixa quantidade disponível de glóbulos vermelhos na circulação sanguínea, configurando a chamada síndrome anêmica: fadiga, falta de ar aos esforços e/ou em repouso, palpitações, claudicação, sonolência e confusão mental.
Os sinais e sintomas da anemia variam de acordo com a intensidade do comprometimento de cada paciente e da doença que está por trás de cada caso.
Em geral, uma pessoa “anêmica” pode apresentar um conjunto de sintomas que refletem a baixa quantidade disponível de glóbulos vermelhos na circulação sanguínea, configurando a chamada síndrome anêmica: fadiga, falta de ar aos esforços e/ou em repouso, palpitações, claudicação, sonolência e confusão mental.
Doação de sangue
Você sabe o quanto é importante a doação de sangue? Se sua resposta for não, o Blog Matsumoto destaca que uma única doação pode salvar até quatro vidas. Sim, é isso mesmo!
A doação de sangue é uma das ações mais importantes que podemos praticar pelo próximo. É um gesto simples, mas repleto de significado, que contribui para o tratamento de diversas doenças e salva vidas.
Diariamente centenas de pessoas necessitam de transfusão de sangue por diferentes motivos. Assim, a doação pode salvar a vida de pessoas em casos de cirurgias, transplantes, situações de urgência e emergência, no tratamento de doenças como anemia e leucemia, além de manter os bancos de sangue abastecidos.
Tornar-se um doador é simples e seguro. Precisa apenas estar atento a alguns requisitos: estar em boas condições de saúde; idade entre 16 e 69 anos – os menores de 18 anos precisam de autorização dos responsáveis; pesar acima de 50 kg; ter dormido no mínimo 6 horas; não estar em jejum (estar alimentado, mas evitar alimentos gordurosos antes da doação); manter-se hidratado; não ter ingerido bebida alcoólica e nem fumado nas 12 horas anteriores à doação; respeitar o intervalo entre doações, sendo de 60 dias para homens e 90 dias para mulheres.
Existem outros requisitos, inclusive alguns impedimentos – temporários ou definitivos – para a doação, mas todos serão analisados. Basta procurar um Hemocentro, lá você tem acesso a todas as informações necessárias, pode tirar todas as dúvidas e verificar se pode ou não ser um doador, pois passará por uma triagem e análise clínica.
Doação de medula óssea
Lembra que dissemos que as campanhas Junho Vermelho e Junho Laranja estão interligadas? Pois bem! Por isso, agora queremos falar sobre a doação de medula óssea, um dos principais métodos – às vezes até mesmo o único – de tratamento de algumas doenças, entre elas, a leucemia.
Em termos gerais, a medula óssea é o tecido líquido encontrado no interior dos ossos, responsável por produzir células sanguíneas. O transplante de medula óssea é uma opção de tratamento para pacientes com doenças que comprometem a produção normal dessas células. Com o transplante, ocorre a substituição das células doentes para que a medula se reconstitua de forma saudável.
E como tudo isso é possível? Por meio da doação de medula óssea. Assim, aqui entra em cena mais uma vez o doador, personagem fundamental que pode, por meio de um gesto simples, salvar vidas.
Para ser um doador de medula, é necessário fazer um cadastro de doador, que fará parte do Redome (Registro Nacional de Doadores Voluntários de Medula Óssea). Seus dados e informações genéticas ficarão disponíveis e quando houver um paciente compatível, você será consultado para decidir quanto à doação. Para ser doador de medula óssea é necessário se cadastrar na Fundação Hemocentro de Brasília https://www.fhb.df.gov.br/ .
Assim como na doação de sangue, para ser um doador de medula óssea é preciso atender certos requisitos que serão analisados caso a caso. Elencamos alguns deles: ter entre 18 e 55 anos; estar em bom estado de saúde; não ter doença infecciosa transmissível pelo sangue; não apresentar histórico de doenças como câncer, lúpus e artrite reumatoide.
A doação é um gesto simples e seguro.
Faça parte dessas campanhas.
Seja consciente. Doe. Salve vidas.