As mulheres que recebem o diagnóstico positivo do HIV passam por um momento difícil, pois podem se sentir desamparadas e até desesperançosas. Ainda, quando decidem passar por um processo de gestação, também podem ficar receosas.
No entanto, vale ressaltar que existem tratamentos que podem diminuir drasticamente a carga viral do HIV e, por isso, a gravidez pode ser vivida de maneira segura e sem transmissão para o bebê.
Neste artigo, vamos explicar tudo sobre o HIV, a AIDS e as maneiras com que uma mulher soropositiva pode gerar um filho com segurança. Boa leitura!
O que é o HIV?
A sigla HIV significa Vírus da Imunodeficiência Humana. Esse vírus não pode ser retirado do corpo. Desse modo, quando se contrai HIV, o indivíduo vive com ele para sempre.
Dessa forma, o vírus não possui cura, mas ainda pode ser comumente tratado ao ponto de que a carga viral se torne até mesmo indetectável. Outro benefício do tratamento, chamado de terapia retroviral (TARV), é que ele impede o avanço para a AIDS.
Diferença entre AIDS e HIV
O HIV é o vírus em seu estágio inicial. Hoje é possível que os pacientes soropositivos se tratem e que mantenham apenas essa fase viral.
Já a AIDS surge quando o HIV chega em seu nível mais avançado. Quando se tem a doença, o paciente tem o seu sistema imunológico ainda mais fragilizado e precisa tomar maiores cuidados.
Vale lembrar que as mortes não são decorrentes diretamente pela AIDS, mas sim por doenças oportunistas, que invadem o organismo mais fragilizado do portador.
Como ocorre a transmissão do HIV?
O HIV se aloja nos fluidos corporais do humano, tais como sangue, sêmen, leite materno e outras secreções. É importante ressaltar que o vírus não é transmitido por suor, saliva ou urina, pois ele não resiste muito tempo fora do organismo.
O vírus é passado para outra pessoa através de duas maneiras: horizontal ou vertical.
Horizontal: se transmite através do sexo sem preservativo, além do compartilhamento de seringas, agulhas ou objetos cortantes;
Vertical: transmissão da mulher para o bebê durante a gravidez, seja na gestação, no parto ou na amamentação.
Pré-natal de Grávidas Portadoras de HIV
O pré-natal de mães soropositivas é diferente do de uma mãe sem o vírus. O médico pode pedir para que a mulher faça os exames de Contagem de Células CD4, Carga Viral, Hemograma e Função Hepática e Renal. Assim, o médico consegue estabelecer um plano de tratamento antirretroviral adequado para o caso do paciente.
Os exames invasivos, como biópsia e amniocentese do vilo corial, são contraindicados, pois podem aumentar as chances de infecção do bebê.
Nos casos de mães que ainda não possuem um diagnóstico, o Ministério da Saúde indica que na primeira consulta do pré-natal seja feito um exame de sangue.
Como é o Tratamento de HIV em Grávidas
O médico deve receitar a terapia antirretroviral, que é basicamente a ingestão de alguns medicamentos. O uso dos remédios é diário e capaz de diminuir a carga viral da mãe. Assim, a gestação pode ser segura.
Quando o tratamento não é realizado, a mulher tem 25% de chances de transmitir para o bebê, por outro lado, quando as recomendações são seguidas, há apenas 1% de chance de transmissão. Os dados são do Ministério da Saúde.
O parto normal é permitido?
O tipo de parto depende do estado de saúde da mãe e outros fatores que independem do HIV. O parto normal pode ser feito quando a portadora do vírus possui carga indetectável.
A amamentação pode ser administrada normalmente?
A indicação é de que a mãe não amamente o bebê, pois há mais chances de contaminação. A Unicef recomenda que a mulher, logo após o parto, deve ter a lactação inibida, a fim de reduzir riscos.
Essa restrição pode fragilizar a saúde psicológica da mulher, por isso é importante que exista uma rede de apoio que acolha essa mãe.
Tratamento pós-parto
A terapia antirretroviral precisa continuar depois do parto, pois ela é recomendada para todos os portadores do vírus. Isso deve trazer maior qualidade de vida para a mãe, além de diminuir complicações derivadas da enfermidade.
Lembrando que a continuidade do tratamento pode ser muito benéfica para outras gestações, já que o bebê tem 99% de chances de nascer sem HIV.
Como descobrir se o bebê possui HIV
A criança tem que passar por três exames de sangue, sendo o primeiro entre os 14 e 21 dias de vida, o segundo entre os dois primeiros meses e o terceiro entre o quarto e o sexto mês.
O diagnóstico é dado após dois exames positivos. Nesse caso, procure um médico de confiança para que as devidas orientações sejam dadas. O Centro Médico Matsumoto possui os médicos mais preparados para ajudar nessa situação, com uma equipe especialista em Ginecologia e Obstetrícia. Clique aqui para agendar o seu exame!