Segundo o boletim epidemiológico divulgado pela Secretaria de Saúde (SES-DF), nesta quinta-feira (18/01) foram notificados 7.614 casos prováveis entre 31 de dezembro de 2023 e 13 de janeiro de 2024.
Se comparado ao mesmo período do ano passado, que registrou 1.370 casos, houve um aumento de 435%. Até o momento, dois óbitos foram confirmados por conta da doença.
Autoridades de saúde preveem um patamar recorde de casos em 2024, possivelmente muito superior à máxima histórica. As estimativas divulgadas em dezembro pelo Ministério da Saúde em parceria com o grupo InfoDengue, da Fundação Oswaldo Cruz, são de entre 1,7 milhão e 5 milhões de diagnósticos, com projeção média de 3 milhões.
Em números absolutos, as unidades da federação com mais pessoas infectadas no início deste ano são Minas Gerais (14.189), São Paulo (9.824), Paraná (8.348), Distrito Federal (7.449) e Rio de Janeiro (4.352).
Já em termos proporcionais, o Distrito Federal registra a maior incidência na população, com 2.644 casos a cada 1 milhão de habitantes na primeira quinzena. Na sequência aparecem Acre (819 por milhão), Paraná (729), Minas Gerais (691) e Goiás (418).
No ano passado, o país registrou o recorde de mortes provocadas pela doença, com 1.094 vítimas confirmadas e outros 218 óbitos em investigação. Já os casos chegaram a aproximadamente 1,66 milhão, perto da máxima histórica de quase 1,69 milhão registrada em 2015.
No DF, há 12 mortes suspeitas que estão em análise para saber se a causa foi devido a arboviroses, doenças causadas pelo vírus causador da dengue, da chikungunya e da zika.
Principais sintomas da doença
Febre alta (38°C ou mais)
Dor no corpo e articulações
Dor atrás dos olhos
Mal-estar
Falta de apetite
Dor de cabeça
Manchas vermelhas no corpo
O Ministério da Saúde ressalta que medidas de proteção individual, para evitar picadas de mosquito transmissor da dengue, devem ser adotadas por viajantes e residentes em áreas de transmissão, principalmente ao longo do dia, pois o Aedes aegypti pica principalmente durante o dia.
Medidas de proteção individual
Proteger as áreas do corpo que o mosquito possa picar, com o uso de calças e camisas de mangas compridas
Usar repelentes adequados e seguros
Utilização de mosquiteiros sobre a cama, uso de telas em portas e janelas e, quando disponível, ar-condicionado.
Como a dengue é uma doença viral, o tratamento é feito para aliviar os sintomas, por meio da prescrição de antitérmicos, ingestão de líquidos e repouso. Portanto, ao primeiro sinal dos sintomas, procure atendimento médico.
O Ministério da Saúde pretende iniciar, em fevereiro, a vacinação contra a dengue, priorizando crianças e adolescentes de 6 a 16 anos. São necessárias duas doses para garantir a imunização.