O câncer de próstata é o tumor mais comum entre homens a partir dos 50 anos. De acordo com estatísticas, 1 em cada 8 homens desenvolverá essa doença ao longo da vida. No entanto, apenas 1 em cada 41 homens morrerá em decorrência do câncer de próstata. Isso ocorre porque, quando diagnosticado cedo, o tratamento tem grande potencial de sucesso, com chances de cura acima de 90%.
Esse tipo de câncer é responsável por cerca de 10% de todas as mortes por câncer entre os homens no Brasil, ficando atrás apenas do câncer de pulmão. Por isso, o diagnóstico precoce e a prevenção são fundamentais.
O que é a próstata e qual a sua função?
A próstata é uma glândula do sistema reprodutor masculino, localizada logo abaixo da bexiga e à frente do reto. Sua principal função é produzir parte dos fluidos que compõem o esperma, fornecendo nutrientes para os espermatozoides. Por estar tão próxima à uretra, qualquer alteração em seu tamanho pode causar dificuldades para urinar, um sintoma comum em homens mais velhos.
Essas alterações, na maioria dos casos, são benignas e recebem o nome de hiperplasia prostática benigna (HPB), uma condição que causa o aumento da próstata com o avançar da idade. No entanto, é importante ficar atento, pois sintomas semelhantes podem ser sinal de câncer de próstata.
A importância da prevenção e do diagnóstico precoce
Infelizmente, o câncer de próstata raramente apresenta sintomas em sua fase inicial. Isso torna o diagnóstico precoce ainda mais importante. Muitos homens esperam sentir dor ou desconforto para buscar ajuda, mas quando os sintomas aparecem, o câncer já pode estar em um estágio avançado, com a doença já tendo se espalhado para outros órgãos. Estima-se que 95% dos tumores que apresentam sintomas estão em estágio avançado.
Entre os principais sintomas em estágios mais avançados estão:
- Dificuldade ou dor ao urinar;
- Sangue na urina ou no sêmen;
- Vontade de urinar frequentemente, inclusive à noite;
- Diminuição da força do jato de urina;
- Dores na lombar, nos ossos ou dificuldade para ter ereção.
É por isso que a prevenção deve ser uma prioridade. Homens a partir dos 50 anos (ou 45 com histórico familiar) devem realizar exames anuais para monitorar a saúde da próstata.
Exames fundamentais para a detecção precoce
Os métodos de diagnóstico mais utilizados para detectar alterações na próstata incluem:
- Toque retal
O exame de toque retal é simples, rápido e indolor. Por meio do reto, o médico consegue palpar a próstata e identificar se há alterações em seu tamanho, formato ou textura. Apesar de ser cercado por preconceitos, é um exame essencial para a detecção precoce do câncer de próstata.
- Exame de PSA (Antígeno Prostático Específico)
Esse exame de sangue mede os níveis de PSA, uma proteína produzida pela próstata. Níveis elevados de PSA podem indicar a presença de câncer ou outras condições da próstata, como infecções ou hiperplasia benigna. Contudo, um resultado alterado não significa, necessariamente, a presença de câncer, sendo necessário a avaliação médica.
- Urofluxometria
A urofluxometria mede o fluxo urinário, avaliando a força e a quantidade de urina liberada. Alterações no fluxo podem ser causadas por problemas na próstata, incluindo o câncer.
- Urodinâmica
A urodinâmica é um exame mais detalhado do funcionamento do trato urinário, usado principalmente quando há sintomas como dificuldade de urinar. Ele avalia a capacidade da bexiga e uretra em armazenar e liberar urina.
- Ultrassonografia de Próstata (US Próstata)
Esse exame de imagem permite a visualização da próstata e ajuda a identificar possíveis alterações na glândula. A ultrassonografia pode ser usada como complemento ao toque retal e ao PSA, oferecendo mais detalhes sobre a condição da próstata.
Quando começar a fazer os exames?
A recomendação oficial é que os homens comecem a realizar exames preventivos a partir dos 50 anos. No entanto, para aqueles com histórico familiar de câncer de próstata (pai, irmão ou tio), é indicado iniciar o acompanhamento aos 45 anos.
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Tratamento do câncer de próstata
Caso o câncer de próstata seja detectado, o tratamento dependerá do estágio da doença e das condições de saúde do paciente. Entre as opções de tratamento estão:
- Cirurgia (prostatectomia): remoção total ou parcial da próstata;
- Radioterapia: uso de radiação para destruir as células cancerígenas;
- Terapia hormonal: bloqueia o hormônio testosterona, que alimenta o crescimento do câncer;
- Quimioterapia: indicada para casos em que o câncer já se espalhou para outros órgãos.
Em alguns casos, principalmente quando o tumor é de baixo risco, o médico pode recomendar a vigilância ativa, ou seja, acompanhar a evolução do tumor sem iniciar tratamento imediato.
O câncer de próstata tem cura!
Com o avanço da medicina, o câncer de próstata tem altas taxas de cura, especialmente quando diagnosticado cedo. Homens que realizam exames regulares e buscam acompanhamento médico têm maiores chances de sucesso no tratamento.
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