Ao participar de um programa de televisão, a modelo Yasmin Brunet relevou que recebeu o diagnóstico da doença vascular pouco antes de entrar em um reality show e que já iniciou o tratamento contra a doença, escolhendo um tratamento mais natural. “Muita gente já parte para fazer lipoaspiração nas pernas, o que era uma coisa que eu não queria fazer. Estamos tratando de uma forma mais natural, mudando a alimentação que é a primeira coisa. Tive que cortar glúten, derivados de leite, para desinflamar o corpo, mas dá resultado super-rápido. Eu cogitei [a lipoaspiração] em um momento, mas quis ir por outro caminho”, afirmou.
Estima-se que uma em cada dez mulheres tenha a doença no mundo e, no Brasil, cinco milhões provavelmente convivem com ela e não sabem. Apesar de ser crônica, a doença tem tratamento e pode apresentar melhora clínica e significativa. Dados do Ministério da Saúde mostram que 12% das brasileiras já foram diagnosticadas com lipedema.
Entenda o lipedema
A Dra Marilene Carla Lopes, angiologista e cirurgiã vascular da Matsumoto Centro Médico, explica que o lipedema é uma condição crônica que afeta principalmente as pernas e, em alguns casos, os braços das pessoas, especialmente mulheres. É caracterizado pelo acúmulo anormal de gordura, resultando em pernas desproporcionalmente grossas em comparação com o tronco. Os sintomas incluem pernas sensíveis ao toque, dor e inchaço, que podem piorar ao longo do tempo.
A médica esclarece que o lipedema é causado por uma combinação de fatores genéticos e hormonais. “Acredita-se que genes herdados desempenhem um papel importante na predisposição ao desenvolvimento do lipedema. Além disso, alterações hormonais, como aquelas que ocorrem durante a puberdade, gravidez ou menopausa, podem desencadear ou agravar a condição. A forma como o corpo armazena e distribui a gordura também é influenciada por esses fatores, levando ao acúmulo excessivo nas áreas afetadas”, completa.
Ajuda médica
O tratamento do lipedema geralmente envolve uma abordagem multidisciplinar. Isso pode incluir terapia física para melhorar a circulação e reduzir o inchaço, além de técnicas especializadas de drenagem linfática. O uso de meias de compressão também é comum para ajudar a reduzir o inchaço e a dor.
Dra Marilene destaca que em alguns casos, os médicos podem recomendar cirurgias especializadas, como a lipoaspiração tumescente, que visa remover o excesso de gordura das áreas afetadas. “É importante buscar orientação médica para um diagnóstico e plano de tratamento adequados, pois o lipedema pode ter um impacto significativo na qualidade de vida das pessoas afetadas, explica a especialista.